

O projeto Rock 40 Graus do Sesc Santo Andre, é antes de tudo, uma reunião de velhos amigos.
Uma jam session de rock, punk rock na verdade, tocada por nada mais nada menos, que os
"pais" do punk rock brasileiro. A banda base é formada por Clemente (Inocentes e Plebe Rude), MIngau (Ultraje, Vega), Redson (Colera), Ari (365), e Alonso (Mash Gas).
Juntando as atuais bandas, e as quais ja fizeram parte em alguma formação, ali, em cima do palco estava a
historia do punk no Brasil. E historia é o que não falta, quando estes ilustres, hoje senhores, estão juntos. Não sei dizer o que foi melhor, o show, ou o camarim.
O "aquecimento" fundamental antes do show mudou muito, envelheceu tambem, e ganhou respeito e responsabilidade, mas acima de tudo profissionalismo. Ali estão pessoas que amam o que fazem, ali naquele camarim vi o estado puro da arte. Musica por amor. São herois que num pais irresponsavel com seus artistas como o Brasil, lutam e muito, para viverem de sua arte.
E esta luta talvez seja a grande motivação para a furia musical que estes encontros promovem. A banda base, o Combat Rock é na verdade um tributo ao The Clash.
Nas quatro edições do Rock 40 Graus, eles receberam varios amigos como Wander Wildner, Daniel Beleza, Sandra Coutinho, Thunderbird entre outros, pra tocar grandes classicos e versões de bandas como Sex Pistols, Ramones, Clash, Inocentes, Plebe, Replicantes......enfim rock'n'roll feito por quem sabe.
Na tecnica, o competente engenheiro de som Flavio Decarolli, comandou o PA EAW da Tuca, com a mesa digital DM-2000 da Yamaha. Apesar de erroneamente posicionado ao lado do palco, ele tirou um som perfeito, com vocais claros e precisos, e intrumental na cara com muito punch e pressão sonora. Porrada nos ouvidos, no bom sentido é claro.
E fica aqui minha sugestão ao Sesc, registrar em audio e video todas estas apresentaçãoes, pois são encontros únicos e que merecem ser guardados para a posteridade.
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